Foto: Vânia Santana / Arquivo Panorama

Grande parte do setor agropecuário, assim como das demais atividades econômicas, consideram que tais medidas ferem a legislação brasileira, pois violam o princípio da livre concorrência, causando graves distorções ao mercado...

A tabela de fretes instituída pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com objetivo de atender a demanda do setor de transporte rodoviário está afetando os negócios e o escoamento de mercadorias agropecuárias, o que tem gerado impactos negativos no quadro de fornecimento de insumos, matéria-prima e produtos finais às indústrias de processamento, aos consumidores finais e as exportações, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

Grande parte do setor agropecuário, assim como das demais atividades econômicas, consideram que tais medidas ferem a legislação brasileira, pois violam o princípio da livre concorrência, causando graves distorções ao mercado. Além disso, por se tratar de uma resolução publicada sem aprofundamento do debate com todos os setores envolvidos, tais determinações têm gerado elevado grau de incerteza, até mesmo porque a própria ANTT já informou que a atual tabela deve ser revista nos próximos dias.

Com isso, grande parte das empresas estão aguardando um direcionamento mais concreto por parte do Governo para dar sequência em suas negociações, principalmente porque o custo do frete é fator preponderante na formação dos preços a serem negociados entre os diferentes elos da cadeia. As avaliações iniciais sobre a nova tabela de frete apontam forte elevação nos custos dos mesmos, variando de 40 a até 160% de aumento nos preços do transporte, o que certamente inviabiliza boa parte das atividades produtivas.

O curto espaço de tempo para construção da resolução acabou levando a distorções da metodologia aplicada para definição dos preços, o que vem sendo amplamente questionado por todos os setores produtivos, além do fato de que o tabelamento fere os preceitos de livre negociação entre as partes, baseada na oferta e demanda do serviço. “Esta paralisação dos negócios não se trata de pressão do setor produtivo para reduzir os preços do frete, e sim, é uma consequência da aplicação de uma medida tão impactante a todo setor produtivo e aos consumidores, sem ampla discussão e avaliação de todos os segmentos envolvidos”, destaca o consultor da Faeg e analista Técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro.

Fonte: Faeg Senar
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama

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