Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde registrou aumento de 400% no número de animais diagnosticados com esporotricose, e a maioria gatos...

Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767

Esporotricose é uma zoonose causada pela levedura Sporothrixschenckiia a qual é geofílica, ou seja, habita a natureza (solo, palha, vegetais, madeira). A instalação da doença se dá através de ferimentos com material contaminado, como farpas ou espinhos. Animais contaminados também podem transmitir a esporotricose através de mordeduras ou arranhaduras. É uma doença mais frequente em gatos, mas pode ocorrer em cães também. Gatos enterram suas fezes e afiam suas unhas em madeira. Por isso, o fungo contamina os gatos com mais frequência. A doença também é relacionada ao trabalho, como jardineiros e veterinários.

Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde registrou aumento de 400% no número de animais diagnosticados com esporotricose, e a maioria gatos. Ao todo, o órgão fez 13.536 atendimentos em 2016, um número bem maior que o verificado em 2015, quando foram registradas 3.253 ocorrências. A secretaria registrou 580 casos em seres humanos. Em pessoas, a infecção tem cura, mas pode provocar lesões gravíssimas na pele. Mas os gatos são os animais mais sensíveis a doença, que se diagnosticada o mais rápido possível, possui tratamento, mesmo que longo.

A doença acomete principalmente gatos machos inteiros (mais propensos a brigas e marcação de território), extradomiciliados ou mesmo os gatos de rua; afeta gatos de qualquer raça e principalmente aqueles de 3 a 5 anos de idade.

Castrar o gato é uma forma de tentar evitar que ele fique muito agressivo e diminua os passeios na rua, assim como isolar o gato dentro de casa e sempre limpar o ambiente com água sanitária. Além disso, gatos mortos com suspeita de esporotricose devem ser cremados. É importante não jogá-los no lixo, rios ou enterrá-los, pois o fungo sobrevive na natureza;

A doença se inicia com o aparecimento de feridas, geralmente na face e membros, que progridem para o restante do corpo.

O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais. A esporotricose no cão, quase sempre se inicia com feridas no focinho, membros ou no corpo, e ocorre após contato com gato doente.

No homem, na maioria das vezes, surge uma lesão avermelhada no local do traumatismo causado pelo gato, que pode desaparecer ou aumentar de tamanho e vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. Também podem aparecer dores nas articulações, febre e outros sintomas gerais. Não ocorre transmissão entre pessoas.

Se você encontrar um gato com feridas pelo corpo, peça ajuda aos grupos de pessoas que ajudam o animal ou por meio das redes sociais. A esporotricose tem tratamento. O gato não é o vilão, é só mais uma vítima como nós, não maltrate os animais!

Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
Revisão: Rosana de Carvalho
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama

Make Up: Salão Evolution Anderson
Agradecimento: Animalia Pet Shop

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