O reflexo desses resultados pode ser observado na qualidade da carne bovina goiana, entre os principais produtos da pauta de exportação.

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), concluiu no último dia 29 de dezembro de 2016, o relatório da segunda etapa da campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa. O relatório encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostrou que Goiás vacinou 99,42% do rebanho bovino e bubalino com idades até 24 meses. A intenção do órgão é continuar o ‘arrastão’ da Aftosa, que tem como objetivo imunizar 100% do rebanho de bovídeos.

O reflexo desses resultados pode ser observado na qualidade da carne bovina goiana, entre os principais produtos da pauta de exportação. “Grande parte do que acontece em termos de cadeia agroalimentar é provocada pelo nível de exigência do consumidor, que quer saber a origem do produto consumido. Hoje, Goiás produz quase um milhão de toneladas de carne bovina e isso foi fomentado principalmente pela possibilidade de exportação. Somos responsáveis pela produção de 10% da carne bovina brasileira e exportamos em torno de 26% da nossa produção. Só é possível manter essa saúde financeira se tivermos saúde animal”, enfatiza a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Christiane Rossi.

De acordo com o presidente da Agrodefesa Arthur Toledo, o índice alcançado nesta segunda etapa é considerado excelente. “Mais uma vez, praticamente 100% do rebanho do Estado foi vacinado e declarado no período da campanha. Esta condição garante a manutenção do status sanitário de livre de Febre Aftosa com vacinação”, destaca ele. Arthur lembra que Goiás se mantém entre os Estados brasileiros com o maior índice de vacinação. “Dentre os Estados de mesma estratégia vacinal (vacinação de bovídeos até 24 meses na etapa novembro e todo o rebanho etapa maio), Goiás, até o momento, lidera o ranking nacional entre os estados que informaram o Ministério da Agricultura”, avalia.

Pecuaristas autuados

O Gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa Antônio Leal, lembra que aqueles pecuaristas que vacinaram, mas não entregaram a declaração de vacinação serão autuados e pagarão uma multa de R$ 60,00 por propriedade, e R$ 30,00 para os produtores que possuem somente rebanho acima de 24 meses, porém não declararam. Já os que realmente ficaram sem vacinar o rebanho, devem pagar uma multa no valor de R$ 7,00 por cabeça. Estes, receberam ou receberão uma equipe da Agrodefesa que acompanha a vacinação, chamada de vacinação assistida. Caso o criador seja reincidente, a multa fixa é de R$ 120,00 por não declaração da vacinação e paga-se por cabeça o valor de R$ 14,00 por não vacinação.

Para Arthur, a meta para este ano é manter Goiás firme no caminho de proteção dos rebanhos. “Os produtores devem continuar vacinando seus rebanhos, pois assim continuaremos mantendo e ampliando mercados importantes para a carne bovina goiana”, diz.

Zona Livre

Há sempre, por ocasião das vacinações, a discussão sobre a conquista do status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. A Faeg, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) e da Agrodefesa, tem mantido diálogo constante com os pecuaristas. Até o momento optou-se pela manutenção da vacinação, mesmo porque, esta decisão depende da política nacional coordenada pelo Mapa e do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), coordenado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) – OPAS/OMS, onde se configura a estratégia para todos os países da América do Sul.

O Presidente Arthur destaca que há aspectos positivos e outros restritivos em relação à medida, e que há um consenso entre os interessados em que o Brasil busque uma solução em bloco, mantendo sempre a melhor estratégia de se evitar a reintrodução da doença nas zonas livres, bem como, qualquer possibilidade de disseminação da mesma.

Assim, o Presidente Arthur enfatiza que a parceria entre a defesa agropecuária e os produtores rurais em Goiás deve se manter forte e alinhada, sempre em busca de um objetivo maior que é o propósito de manter esta cadeia produtiva competitiva e com capacidade de se inserir nos mercados mais globalizados e exigentes.

Faeg, com informações da Agrodefesa

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