O julgamento que acontecerá amanhã trata-se do primeiro caso que diz respeito à guerra de gangues entre as facções formadas entre as regiões da baixada e do Zé Bento há três anos, quando houve um aumento absurdo do número de homicídios cometidos em Jataí.

Na manhã desta quarta-feira, 30, a partir das 9h, acontecerá no salão do Tribunal do Júri no Fórum de Jataí, o júri popular do processo n°. 201303256416, tendo como acusados Pedro Henrique Rodrigues de Jesus e Luiz Ricardo Inácio de Oliveira e como vítima Lucas Fernandes de Lima.

O julgamento que acontecerá amanhã trata-se do primeiro caso que diz respeito à guerra de gangues entre as facções formadas entre as regiões da baixada e do Zé Bento há três anos, quando houve um aumento absurdo do número de homicídios cometidos em Jataí.

O processo em questão relaciona-se com dois réus acusados de um homicídio qualificado com recurso, acontecido no dia 10 de setembro de 2013, por volta das 13 horas e 30 minutos, na Rua do Rosário, esquina com a Rua São João, n° 31, Setor Santa Terezinha, na cidade de Jataí, onde os acusados Pedro Henrique Rodrigues de Jesus e Luiz Ricardo Inácio de Oliveira, vulgo “Secão”, agindo em conluio, com identidade de propósitos e com animus necandi, idealizado por Pedro Henrique, todos armados com revólveres, imbuídos de vontade inequívoca e impelidos por motivo torpe, que se materializa no sentimento de vingança acometido pelos denunciados e, ainda, consistente em desavenças decorrentes da disputa pelo controle sobre o tráfico de drogas, mataram a vítima Lucas Fernandes de Lima, ao desferir contra ela dezoito tiros, sem possibilitar-lhe qualquer chance de defesa.

Em entrevista à nossa equipe, o Promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi, no exercício de suas atribuições regulares junto à 6ª Promotoria de Justiça de Jataí, convida toda população jataiense para assistir ao julgamento.

Segundo o promotor Brondi, a Promotoria pretende divulgar cada vez mais as datas de tais julgamentos para conclamar a sociedade jataiense a participar desses processos e fazer parte dessa corrente contra a crescente criminalidade que assola a região. Além disso, para Brondi é importante que as pessoas tomem conhecimento sobre como se desenvolve um julgamento desse tipo, a fim de que seja possível repassar à população informações corretas, não permanecendo apenas no achismo, que na maioria das vezes não possui uma fonte concreta de conhecimento e fatos verídicos.

“Se queremos mudança, amadurecimento e o progresso da sociedade, a própria tem que acreditar em tais condições, na justiça, na advocacia, no Ministério Público e em todas as outras instituições que são importantes e fazem parte do país em que vivem para que se forem exercer críticas, que pelo menos conheça sobre o processo e como ele se desencadeia. A partir de agora, nesse ano e nos próximos, a participação da sociedade nos problemas que a envolvem não é apenas um direito, mas também um dever de comparecer, prestigiar e se integrar a esse sistema de justiça”, destacou o promotor Brondi à entrevista.

Ainda de acordo com ele, essa será uma audiência diferente, que vale a pena presenciar, assistindo ao debate entre o promotor e tomar conhecimento sobre as teses que o Ministério Público traz para pedir a condenação de alguém e a tese que a Defesa recorre para que alguém seja absolvido. Além disso, as pessoas poderão assistir como se julga um crime de homicídio, a forma como o juiz decide e como é elaborada a sentença, como são divididos os tempos, entre outros fatores que são de imensa importância e muito interessantes, não apenas pra quem está cursando Direito, mas para toda a sociedade em geral.

  • DATA DO JULGAMENTO: 30/03/2016
  • HORÁRIO: 09h
  • LOCAL: SALÃO DO JÚRI FÓRUM LOCAL

Nayara Borges
Revisão: Rosana de Carvalho
Foto: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama

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