A raça bovina wagyu foi introduzida no Japão vindo da Europa para puxar arado nas lavouras de arroz e lá foi melhorada geneticamente. É responsável pela produção da carne mais cara do mundo, além de ser uma das mais saborosas. Neste país asiático, o quilo desta carne chega a ser vendido por até R$ 2.500, sendo conhecido como kobe beef. No Brasil, a raça wagyu foi introduzida há 23 anos pela empresa japonesa Yakult e em sua fazenda no interior de São Paulo, existem 500 animais puros.

A raça bovina wagyu foi introduzida no Japão vindo da Europa para puxar arado nas lavouras de arroz e lá foi melhorada geneticamente. É responsável pela produção da carne mais cara do mundo, além de ser uma das mais saborosas. Neste país asiático, o quilo desta carne chega a ser vendido por até R$ 2.500, sendo conhecido como kobe beef. No Brasil, a raça wagyu foi introduzida há 23 anos pela empresa japonesa Yakult e em sua fazenda no interior de São Paulo, existem 500 animais puros.

Esta raça é caracterizada principalmente por sua carne extremamente marmorizada, ou seja, com veios de gordura entremeados em suas fibras, conferindo maciez e sabor especial. Por esta razão, a carne do wagyu é quase sempre servida apenas levemente grelhada e com pouco sal, sem molhos ou temperos fortes, que modificariam seu sabor.

A produção de gado desta raça também é diferenciada, principalmente no Japão, onde pequenos produtores fornecem aos animais massagem, cerveja e piso ou tapete aquecido em regiões mais frias. A massagem, borrifada com saquê, segundo os japoneses, ajuda a entremear mais gordura na carne, melhorando o marmoreio. Já a cerveja ajudaria na digestão da comida, melhorando seu aproveitamento. Entretanto, não há comprovação científica que estas medidas realmente influenciam a qualidade da carne.

No Brasil, os animais se alimentam de silagem de milho, concentrado e feno e muitas vezes utiliza-se também o resíduo de cervejaria, sendo que os machos destinados ao abate não pastejam, ficando apenas confinados para adquirir melhor marmoreio. Além disso, outras medidas são observadas, como por exemplo, a quantidade de quilos que o animal deve ganhar por dia, sendo no máximo um quilo e mantendo este valor na média, para que a carne tenha qualidade. Com isso, nesta fazenda Yacult, são abatidos por mês seis animais vendidos por R$ 480 a arroba. Porém, para chegar aos 700 quilos, peso que contribui com melhor marmoreio, os animais são mantidos 18 meses em confinamento, sendo abatidos com média de 36 meses de idade.

Dessa forma, a carne do wagyu é vendida em boutiques especializadas por um preço diferenciado. O contrafilé, por exemplo, chega a ser vendido por R$ 300 o quilo. A picanha, R$ 168 o quilo e o filé-mignon, R$ 110 o quilo. Em alguns restaurantes especializados da capital paulista, uma porção de 400 gramas vale mais de R$ 200.

No Brasil, existem cerca de 50 criadores de wagyu, totalizando um rebanho de 5 mil cabeças, espalhados principalmente pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Porém, o mercado ainda é restrito, assim como a oferta destes animais.

Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa

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