Toda essa preocupação é devido às exigências previstas nas normativas internacionais da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), que se cumpridas podem resultar no reconhecimento de Goiás como área livre da Peste Suína

Diante da representatividade econômica da suinocultura em Goiás, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás engrossam o coro de alerta aos criadores que já atendem aos mais rigorosos padrões sanitários da atividade, exigidos inclusive pelos mercados consumidores interno e externo. As duas entidades trabalham junto à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para conscientizar os produtores quanto à importância de avisar sobre o aumento da mortalidade de suínos em suas granjas.

Enquanto a Comissão de Suinocultura da Faeg segue se reunindo e apoiando todas as ações que buscam manter a saúde do rebanho goiano, o Senar Goiás já inseriu em seus cursos e treinamentos as orientações para quem cria e tira da atividade sua renda. Já a Agrodefesa trabalha com os produtores rurais e instituições públicas e privadas operacionalizando o Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos (PESS).

Toda essa preocupação é devido às exigências previstas nas normativas internacionais da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), que se cumpridas podem resultar no reconhecimento de Goiás como área livre da Peste Suína Clássica em âmbito mundial. Tal reconhecimento já existe nacionalmente. “Assim, passamos a ter acesso a novos mercados, o que antes não era possível. A busca por esse reconhecimento também é o objetivo de muitos outros estados, além de Goiás”, argumenta a assessora técnica para a área de Pecuária de Corte da Faeg, Christiane Rossi.

A orientação da Agrodefesa é para que o produtor comunique à entidade sobre o aumento da mortalidade da seguinte forma:
– Acima de 2% nos últimos 30 dias em reprodutores
– Acima de 15% nos últimos 30 dias em leitões de maternidade (até o desmame)
– Acima de 7% nos últimos 30 dias em leitões de creche (do desmame até 70 dias de idade)
– Acima de 9% em leitões de terminação (dos 70 dias de idade até o abate)

A coordenadora dos cursos ligados à suinocultura do Senar Goiás, Samantha Andrade, explica que nos cursos tipo Suinocultura de Produção de Leitões e Suinocultura de Terminação, além de todos os módulos ligados ao Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), o discurso de conscientização é abordado. “Nós sempre frisamos a importância de manter os órgãos responsáveis pela fiscalização a par do que acontece na propriedade. A mortalidade em grande escala mostra que algo está errado no indicativo sanitário do estado”, pontua.

Caracterizada como “patrimônio goiano”, a suinocultura tem ocupado cada vez mais espaço na economia estatal. Atualmente, Goiás é o 6º maior produtor nacional, possuindo um rebanho de aproximadamente 1 milhão e 700 mil cabeças.

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