Sete homens tinham jornada de 15 horas por dia sem horário de descanso.

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Condições do alojamento dos trabalhadores em fazenda (Foto: Divulgação/ SRTE-GO)
Condições do alojamento dos trabalhadores em
fazenda (Foto: Divulgação/ SRTE-GO)

Sete trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravidão em uma fazenda de Jataí, no sudoeste goiano. De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO), eles tinhas uma jornada de trabalho de 15 horas, sem intervalo para descanso. Os auditores fiscais interditaram a propriedade rural e resgataram os empregados na segunda-feira (26), após os fazendeiros pagarem às vítimas o valor total de R$ 30.927,74.

Composto por homens de 24 a 32 anos, o grupo trabalhava na plantação de eucalipto desde o início do ano. Eles eram responsáveis pelo carregamento, empilhamento, carga e descarga de toras de eucalipto.

Segundo a SRTE-GO, o trabalho oferecia diversos fatores de riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores. Entre eles estão “ferimentos nas mãos e demais partes do corpo; exposição à poeira; exposição ao ruído das máquinas, picadas de animais peçonhentos e posturas penosas”.

Os empregados da fazenda tinham as carteiras de trabalho assinadas com um salário mínimo. Entretanto, eles ganhavam R$ 3 por metro de madeira carregada no caminhão e R$ 2 por metro de madeira descarregada e, segundo informaram aos auditores, nunca chegaram a receber o valor de R$ 724 no mês.

“A sociedade precisa saber que existem pessoas sofrendo em condições degradantes e desumanas, para que outras obtenham um lucro acima do justo”, ressaltou o superintendente em Goiás, Arquivaldo Bites.

A situação na fazenda foi flagrada durante uma ação em propriedades rurais da região realizada de 14 a 26 de maio. Além dos auditores fiscais, integraram a operação procuradores do Ministério Público do Trabalho e agentes da Polícia Federal.

De acordo com a superintendência, lavrou-se 27 autos de infração contra a propriedade rural. Além de pagar R$ 30.927,74 aos trabalhadores, os fazendeiros devem fazer o pagamento de parcelas de seguro-desemprego. O SRTE-GO informou ainda que uma ação civil para reparo do dano a dignidade dos funcionários será instaurada.

Somente neste ano, 40 pessoas foram encontradas em situação análoga à escravidão pelo Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás. Em 2013, foram 109 trabalhadores resgatados no estado.

Do G1

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