A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na "clínica" de estética

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localO caso das jovens que tiveram parte do corpo queimado em uma “clínica” de bronzeamento em Jataí, no Sudoeste do Estado, desencadeou uma série de denúncias contra estabelecimentos que funcionam de maneira irregular no município. A informação é da coordenadora do Núcleo de Vigilância Sanitária, Kelle Mello, que interditou  dois cômodos da casa onde funcionava a “clínica” em que as mulheres sofreram ferimentos na pele.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na tarde desta terça-feira (11) na “clínica” de estética onde mulheres sofreram queimaduras após procedimento de bronzeamento artificial. Foram recolhidas amostras dos produtos e material usados na “clínica” que serão analisados por perícia e também pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O delegado responsável pelo caso, João Paulo Soregutti, disse que aguarda o laudo da perícia para pode concluir o inquérito. Segundo ele, a mulher responsável pelas sessões se desfez de alguns produtos. “Algumas pessoas que já foram ouvidas afirmaram que ela ficou assustada com o fato e se desfez dos produtos que foram utilizados nessas vítimas“, afirmou.

Apenas o marido da dona do estabelecimento estava no local. De acordo com a polícia, dependendo das investigações, ela pode ser indiciada por lesão corporal ou até mesmo tentativa de homicídio.

O advogado da suspeita já entrou em contato com a polícia e informou que ela deve se apresentar para prestar depoimento sobre o caso nesta quarta-feira (12).

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Vigilância Sanitária, pelo menos três “clínicas” devem ser fiscalizadas nos próximos dias em Jataí. “São estabelecimentos que funcionam em fundo de quintal, sem alvará ou qualquer tipo de licenciamento.” Conforme explica, o fato das sessões ocorrerem em residências dificulta o controle, já que os fiscais precisam de autorização do proprietário ou mandado judicial para entrarem.

Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-GO), a médica Ana Maria Quinteiro espera que os casos recentes sirvam de alerta para a população. O chamado “bronzeamento natural”, que substituiu o “artificial”, em que as pacientes eram expostas à radiação dentro de uma câmara fechada, funciona com o uso de aceleradores de bronzeamento, como cremes e óleos.

De natural, adverte a especialista, o tratamento não tem nada. Além de provocar bolhas e queimaduras, as sessões aumentam o risco de câncer de pele. “Principalmente para as pessoas de pele mais clara, que são as que mais procuram locais desse tipo.” Para acelerar o processo, muitas “clínicas” ainda estimulam a exposição ao sol em horários inadequados. Ela orienta a sociedade a denunciar a existência desses locais aos órgãos de fiscalização.

Inf.: G1 / R7 / O Popular

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